segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nossos Objetivos


Este projeto destina-se a apresentar fragmentos da Cultura Afro – Yorubá, através das artes plásticas, religiosidade, musicalidade, culinária e expressão corporal, que percebemos refletidos no cotidiano da nação brasileira. Traçando um panorama desde a chegada dos escravos nesta terra, focando em primeira ordem, principalmente os povos provenientes da Nigéria e seguindo por todo o processo de aculturamento de suas raízes e das adaptações promovidas pelo intercâmbio entre os povos que aqui se encontravam.
Para facilitar a realização, escolhemos o culto Ketú, do povo Yorubá, que trouxe para o Brasil, belíssimos costumes e tradição religiosa. Através de dados históricos pesquisados diretamente em organizações e instituições afins, compromissadas da promoção junto à cultura Afro, onde destacaremos o culto aos orixás (que fazem parte do cotidiano desse povo), alusão a seus dialetos, danças e características sociais.
Os artistas trazem em suas linguagens as formas diversas de suas interpretações embasadas em pesquisas efetuadas em campo e com especialistas da cultura Afro e Afro-brasileira, expressando-se através de pintura e escultura (baseadas em texturas, pigmentos e matérias primas, extraídos de maneira natural e fiel a esta cultura), música, dança e expressão corporal. Além da apreciação do cenário performático, os participantes fruidores desta mostra serão envolvidos em oficinas direcionadas a elementos naturais em produções experimentais de objetos artísticos. Oficinas estas que terão como objetivo maior interação com elementos naturais e visão da preservação ambiental.
Dada a diversidade desta exposição, pretende-se atingir um público curioso de elementos pontuais de sua história, que poderão ser proveniente de escolas públicas ou privadas, comunidades sociais ou religiosas ligadas ou não aos movimentos afro-brasileiros. Serão apresentadas incursões que entidades ligadas à cultura Afro-Brasileira promovem em seu meio social, através da inclusão e valorização de seus sujeitos.
Através desta exposição objetivamos o envolvimento de pessoas leigas, participantes ou não desta cultura, na arte relacionada a estes ideais em seus sujeitos que jamais negaram suas origens.
Como resultado, esperamos fomentar outros movimentos de resgate desta cultura bem como perpetuar sua memória, minimizando os pré-conceitos decorrentes da ignorância relacionada aos hábitos e costumes deste povo. Entendemos que a diminuição do pré-conceito em relação à cultura deste povo, seja uma das conseqüências dos efeitos causados pela mostra nos espectadores, mostra essa que tem o papel social de apresentar essa cultura prestando homenagens e respeito.

A idéia embrionária desta mostra surgiu do fato de ambas as artistas estarem engajadas ao ideal de sustentabilidade do planeta, trabalhando com materiais reciclados e pesquisando técnicas não agressivas ao meio ambiente. Além disso, ambas trabalham muito com as cores características do continente africano, quer sejam em suas obras pictóricas bidimensionais, quer seja em suas obras escultóricas. Uma vez que os trabalhos se complementam em termos de artes plásticas e se relacionam com a religiosidade (principalmente com o candomblé), foi iniciada uma pesquisa pra que a abrangência do projeto fosse ampliada para a música, dança e expressão corporal.
Através de obras-de-arte baseadas em texturas, pigmentos e matérias-primas essencialmente naturais permitir-se-á uma leitura artística (sem modificar nenhum conceito) das imagens, montando uma seqüência histórica da influência da cultura Yorubá na estruturação da sociedade brasileira.

sexta-feira, 6 de junho de 2008



Esta é Malu Mota Melo.


Esta sou eu, Titina Corso

Primeiros passos de Raiz artística


Duas artistas, duas mentes criativas, mãos que vibram no ritmo de tambores...

Ao pensarmos neste projeto, vimos nossas emoções entrarem nas mais altas vibrações de extase! Nossas mentes fervilharam na possibilidade de enfrentar a responsabilidade de representar uma cultura tão ciente de suas raízes. Topamos ousar! Pedimos licença para caminhar em territórios tão longínquos e tão proximos, que nos conduzem a reflexões profundas carregadas de curiosidade e respeito.


Malu Mota Melo e Titina Corso